segunda-feira, 14 de maio de 2012

Avião-robô flagra crime ambiental em voo de teste em SP

Um avião-robô que ainda está sendo testado pela polícia voltou do primeiro voo com o flagrante de um crime ambiental no interior de São Paulo. Três equipamentos iguais são testados pela Polícia Ambiental em voos experimentais de patrulha. A Polícia Federal também tem um projeto de pequenos aviões não tripulados. O plano é começar em setembro o uso destes equipamentos voadores na fiscalização de fronteiras.

O avião desenvolvido pela Universidade de São Paulo em São Carlos, no interior do estado, tem computador de bordo e um câmera capaz de fazer imagens até durante a noite. Tudo é enviado na hora para uma estação em terra. Funciona com controle remoto e no piloto automático.

"Ele obedece toda marcação que é feita tanto em termos de altitude, longitude e latitude. Então ele consegue determinar pontos específicos onde ele deve fazer fotografia ou onde deve fazer filmagem", disse a pesquisadora Kalinka Castelo Branco, pesquisadora da USP.

O interesse da polícia pelo aparelho cresceu assim que o avião voltou do voo de testes com flagrantes de crimes ambientais. Imagens mostram uma área degradada do rio Mogi-Guaçu, no interior de São Paulo. A comparação com imagens de satélites feitas há oito anos mostra que o rio teve o curso alterado pela ação de dragas.

Os donos de uma fazenda que drenou uma várzea protegida por lei e o dono de um porto de areia foram multados e vão responder por crime contra o meio ambiente.  "A área terá de recuperada por meio de projeto dentro de um prazo que se não for cumprido pode ensejar novas sanções", disse capitão da Polícia Ambiental, Luiz Gustavo Biagioni. "Tecnologia é fundamental para melhorar opadrão de qualidade de seu serviço", disse o comandante da Polícia Militar, coronel Gilmar Ogawa.

NeighborGoods: site incentiva troca de objetos entre vizinhos

Se a moda pegar, em breve, você poderá finalmente aspirar as migalhas espalhadas no seu carro com aquele miniaspirador portátil importado eficiente que custa uma fortuna - e que só o seu vizinho tem. Poderá também se livrar daquele carrinho de bebê que não serve para mais nada além de entulhar sua sala - mas que será uma preciosidade nas mãos de sua outra vizinha, que acaba de ter um rebento. 

O NeighborGoods é uma comunidade virtual criada por uma turma de Los Angeles especializada em tecnologia e nada mais é que tentar retomar a boa vizinhança de antigamente, só que com uma roupagem 2.0. Trata-se de uma espécie de rede social especializada em promover trocas entre pessoas que vivem próximas, na mesma comunidade. Funciona da seguinte maneira: ao digitar seu CEP, aparece quantas pessoas estão dentro da comunidade e quantas delas estão mais próximas de você. É possível, então, oferecer algo que queira compartilhar com elas ou clicar na área de busca de algum objeto que esteja precisando. 

"Ao trabalharem em conjunto para compartilhar recursos, vizinhos economizam dinheiro, vivem de forma mais sustentável e fortalecem as comunidades locais", afirma Micki Krimmel, fundadora do NeighborGoods, que - infelizmente - por enquanto só abrange quem mora nos Estados Unidos.

Fonte: Planeta Sustentável

terça-feira, 17 de abril de 2012

Sete dicas para motivar

1. Dê o exemplo
O setor da Qualidade deve funcionar como uma vitrine interativa, exibindo e atraindo todo o pessoal da empresa para o que expõe. É importantíssimo que você saiba ouvir as opiniões e delas extrair novas idéias, creditando quem sugeriu e se possível experimentando primeiro para mostrar que pode dar certo. Quem dá boas sugestões e as vê implementadas se sente valorizado e apóia as ações da Qualidade, contagiando outros a fazer o mesmo.

2. Foque na felicidade mais que na motivação
Ao pensar em melhorias nos processos, verifique quais benefícios essas melhorias trarão para quem atua no processo. Esse cuidado facilita a aceitação de mudanças e a confiança em novos projetos da Qualidade. Colocar-se no lugar do outro é uma ótima estratégia para avaliar o potencial dessas melhorias e, se não for possível fazer isso, tente conseguir uma avaliação das propostas por parte de quem vai conviver com elas, se implantadas.

3. Assegure-se de que as pessoas sejam recompensadas com o sucesso do negócio
Ganhos em produtividade geram lucro, certo? Que tal propor a criação de um fundo com parte desse lucro beneficiando as pessoas envolvidas nas melhorias, dividindo esse sucesso e alimentando a vontade de gerar mais melhorias? E há também melhorias que não geram lucro financeiro, mas facilidade para executar as atividades, melhor ambiente, menos pressão, menos cobrança… Pesquise a influência desses fatores na satisfação do cliente interno e divulgue os resultados, criando reconhecimento.

4. Incentive a autonomia
Não cobre atitudes mas incentive-as. Crie uma cultura de independência na empresa. Não imponha formas de fazer o trabalho, mas incentive as pessoas a descobrirem por si as melhores formas!

5. Encoraje os funcionários a exporem os problemas
Se ocorrências de NC´s são usadas para repreender ou punir, tendem a gerar a ocultação de informações e de falhas. Tenha uma política transparente para tratar os erros e demonstrar suas conseqüências sem diminuir o responsável perante os colegas ou prejudicá-lo de qualquer forma. A falha humana involuntária pode ser admitida no processo e usada a favor de encontrar soluções. E o descaso e inconseqüência, esses sim dignos de punição, ficam facilmente expostos…

6. Recrute para trabalho voluntário
Divulgue e participe de ações sociais e proponha a participação e apoio da empresa. Forme equipes mistas com funcionários de vários processos, isso vai incentivar e reforçar a interação no ambiente interno da empresa, o que trará benefícios e satisfação.

7. Não se esqueça do clima do negócio quando ele começou
Quando a Qualidade era novidade aí todo mundo tinha curiosidade em saber como a coisa ia, mas agora ninguém liga mais? Divulgue seus resultados e promova formas de participação do pessoal, como palestras, cursos, gincanas internas… Torne a Qualidade interessante e dinâmica!

Padronizar e Inovar são verbos conflitantes?

Num primeiro momento, padronizar pode parecer uma intenção de engessar as atividades, obrigando a todos que sigam cegamente os procedimentos estabelecidos, inserindo quase um regime militar na rotina da organização. E infelizmente muita gente chega a esse extremo…

Não quero criticar a rotina militar, mesmo porque acredito que ela tem muito a ensinar ao ser humano, mas para padronizar não é preciso sufocar a inovação. Padronizar de forma rígida, dogmática, é que oferece esse risco, e não é essa a idéia da Gestão da Qualidade. Melhoria contínua passa obrigatoriamente pelo tema inovação, então um sistema rígido, que não contempla ou não comporta mudanças, já é contrário ao que prega a Qualidade!

Para que não aconteça esse engessamento do SGQ, muito comum na época anterior à ISO 9001:2000, é preciso que exista um mecanismo de avaliação periódica dos procedimentos, que pode ser feito via auditoria interna, ou pelo estabelecimento de validade dos procedimentos. E também é preciso conscientizar o pessoal de que eles podem mudar seus processos, desde que possam demonstrar que a mudança oferece alguma melhoria ao processo. Feito isso, essa mudança pode ser adotada como novo padrão, o(s) procedimento(s) revisado(s) e pronto! Simples, né?
Com essa linha de conduta, a inovação tem lugar garantido no SGQ, a melhoria contínua fica evidenciada, e continua existindo padronização. Só que uma padronização flexível, sujeita a alterações a qualquer momento desde que seja seguida uma única regra: MELHORAR!

Fonte: Qualiblog

sábado, 14 de maio de 2011

Brasil terá primeira escola com certificação sustentável

O colégio público Erich Walter, no RJ, está em processo final de auditoria para receber a certificação Leed Schools, que atesta a sustentabilidade de instituições de ensino em todo o mundo. A escola será a primeira do Brasil a receber o selo e servirá de modelo para outros 40 colégios do país. No mundo, há apenas 120 escolas certificadas, a maioria nos EUA

Fonte: Revista Sustentável

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Copo comestível feito de alga pode substituir descartáveis

Copo descartável, que gera lixo e demora centenas de anos para se decompor, ou copo de vidro, que constantemente precisa ser lavado com água e detergente? Em meio às discussões sobre a forma mais sustentável de consumir líquidos, o escritório de design norte-americano The Way We See The World desenvolveu um copo que pode, finalmente, encerrar esse debate: o Jelloware.

Feito de ágar-ágar, um tipo especial de gelatina de algas, o copo é comestível e, por isso, resolve todos os problemas relacionados à produção de lixo, desperdício de água e poluição, debatidos no consumo dos demais tipos de copo.

Coloridos e maleáveis, os Jellowares são fabricados em três versões – limão e manjericão, gengibre e hortelã e alecrim e beterraba –, dando ao consumidor a chance de escolher o sabor que melhor combina com a sua bebida.

O produto só requer dois cuidados: se não for consumido imediatamente, ele deve ser guardado na geladeira, ao invés do bom e velho armário de louças, e a sua ingestão deve ser controlada. Isso porque, segundo os fabricantes, comer mais do que três Jellowares por dia pode trazer prejuízos à saúde, já que o ágar-ágar possui propriedades laxativas.

Quem não quiser correr o risco de passar o resto do dia no banheiro ou estiver de regime, não precisa comer o copo: o Jelloware é biodegradável e, por isso, segundo os fabricantes, pode ser enterrado em qualquer área verde, que se transformará em adubo para as plantas. Boa ideia ou não?

Fonte: Superinteressante

terça-feira, 3 de maio de 2011

Anfíbios - Os mestres da adaptação podem desaparecer

Eles são campeões na capacidade de adaptação, mas mesmo assim estão em perigo. Os anfíbios apareceram na Terra antes dos dinossauros, há 360 milhões de anos, sobreviveram a eles, viveram sob climas diferentes, superaram catástrofes naturais e continuaram a se multiplicar enquanto outros ramos da vida se extinguiam. Mas, agora, parece que estão perdendo a luta pela permanência no planeta. Populações e espécies desse grupo de animais vêm escasseando, estão sob ameaça de extinção ou até mesmo desapareceram. Segundo dados da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN, na sigla em inglês), divulgados em novembro do ano passado, os anfíbios são a classe de vertebrados mais ameaçada de extinção.

Os números constam da Lista Vermelha da IUCN, considerada a avaliação mais conceituada e séria sobre o estado dos organismos que vivem na Terra. Das 47.600 espécies que fazem parte da lista, cerca de 18 mil correm sério risco de extinção, e dessas nada menos do que 30% correspondem a anfíbios. Das 6.200 espécies desse grupo relacionadas na Lista Vermelha, por volta de 1.900 estão em perigo de extinção – 33 das quais no Brasil. “No mundo, 37 já foram extintas e duas não vivem mais na natureza, sendo representadas por apenas alguns indivíduos em cativeiro”, conta a bióloga Vanessa Verdade, da Universidade de São Paulo (USP). “No nosso país, a única espécie considerada extinta é a Phrynomedusa fimbriata (perereca-verde).”

Para quem vê sapos, rãs e pererecas – os anfíbios mais conhecidos como bichos asquerosos e repugnantes, que não despertam a mesma simpatia que os micosleões-dourados e as ararinhas-azuis, pode parecer descabida a preocupação com o declínio ou a extinção desses animais. Quem pensa assim comete um engano. Eles são importantíssimos para a preservação do meio ambiente.

Os anfíbios são um grupo de vertebrados que se divide em três ordens: anuros (sapos, rãs e pererecas), urodelos (salamandras) e gimnofi onos (cecílias ou cobras-cegas). Em alguns ecossistemas eles figuram como os vertebrados mais abundantes. São predadores de insetos, peixes, aves e mesmo pequenos mamíferos, enquanto servem de alimento para muitos outros grupos de animais. Sua ausência poderia interromper o funcionamento da teia alimentar em qualquer ponto, levando ao desequilíbrio ecológico e a perdas de outras espécies. Sem eles, também aumenta o número de mosquitos transmissores de doenças, como o da dengue, o Aedes aegypti. “Além disso, os anfíbios são bons indicadores ambientais por serem extremamente sensíveis e sofrerem os efeitos da degradação dos hábitats naturais mais cedo do que outros organismos”, explica a bióloga e herpetologista Paula Cabral Eterovick, da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG). “Assim, o que está acontecendo com eles serve de aviso para nós”, diz Paula.

ESTÃO EXTINTAS 37 ESPÉCIES DESSES ANIMAIS;
2 SOBREVIVEM EM CATIVEIRO

Tão importantes quanto a indicação de desequilíbrios ambientais são os benefícios diretos que esse grupo de animais pode trazer ao homem. Eles representam um estoque ainda pouco divulgado de produtos farmacêuticos novos. Centenas de substâncias químicas já foram isoladas da pele de anfíbios, algumas das quais estão sendo utilizadas no tratamento de queimaduras e de várias doenças. “São conhecidos compostos produzidos por anfíbios com atuação bactericida e fungicida e outros que podem ser utilizados como anticoncepcionais, contra males cardíacos e úlceras gástricas, e como controladores de pressão arterial”, diz Vanessa. “Sem os anfíbios, perde-se qualidade ambiental e a cura potencial de muitos males humanos.”

DESTRUIÇÃO DE HÁBITATS, CHUVA ÁCIDA E
INTRODUÇÃO DE ESPÉCIES EXÓTICAS
ESTÃO ENTRE OS FATORES QUE CAUSAM
O DECLÍNIO OU A EXTINÇÃO DE ANFÍBIOS

O desaparecimento dos anfíbios não começou ontem, no entanto. O problema foi discutido pela primeira vez no I Congresso Mundial de Herpetologia, realizado na Inglaterra, em 1989. Ali, cientistas de diversos países relataram suas observações a respeito da diminuição de algumas populações desses animais. “O fenômeno está ocorrendo praticamente no mundo inteiro”, explica Paula. “A maior parte dos casos, no entanto, tem sido registrada em regiões tropicais montanhosas.”

De acordo com o herpetologista Sergio Potsch de Carvalho e Silva, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), hoje os casos mais comuns de diminuição de populações ocorrem nas Américas, na Europa e na Austrália. “O fenômeno é mais acentuado na Austrália e nas Américas, principalmente na América Central e no Caribe”, afirma. “Relatos de declínio são mais frequentes em espécies de médio e grande porte e que vivem em grandes altitudes.”

Aos poucos, o esforço da comunidade científica internacional para determinar o que tem provocado o declínio (ou mesmo a extinção) de muitas espécies de anfíbios começa a dar resultados. “Há diversas causas possíveis”, diz o biólogo Andrés Merino-Viteri, da Pontifícia Universidade Católica do Equador (Puce) e autor de uma tese sobre os motivos do desaparecimento, em seu país, de algumas espécies de anfíbios dos Andes. “Entre elas estão a destruição de hábitats, provocada pelo homem, e a chuva ácida, causada pela poluição do ar; inseticidas, herbicidas, fungicidas e resíduos industriais são outros fatores que agravam o problema. A introdução de espécies exóticas em ambientes onde vivem anfíbios também é uma das causas da diminuição e extinção de sapos, rãs e pererecas.”

Mais recentemente vem ganhando importância nessa história outro vilão: o fungo Batrachochytrium dendrobatidis, cuja proliferação tem sido favorecida pelo aquecimento global. Ele já foi detectado em todos os continentes, menos na Antártida, e está por trás do declínio de dezenas de espécies de anfíbios no mundo. “Hoje começamos a entender como o fungo é capaz de matar os anfíbios”, diz Vanessa. “Ele causa uma doença chamada quitridiomicose, que altera a capacidade da pele de fazer o balanço de íons. As concentrações no sangue se alteram e o animal acaba morrendo de ataque cardíaco.”

Um dos objetivos dos cientistas que investigam as causas do declínio na população de anfíbios é reverter esse fenômeno, embora não se saiba se isso é possível. “Infelizmente, ainda não há muito que se possa fazer, pois as doenças e o clima não são controláveis por completo”, lamenta Merino-Viteri. “Em alguns casos, só é possível proteger os ecossistemas e, em outros, mais extremos, manejar populações de anfíbios em laboratório, onde se podem curar doenças e mantê-los em condições ambientais adequadas.” Para o especialista, o certo é que é preciso investir mais em pesquisas, até que se consiga entender o que está acontecendo. Só assim será possível tentar reverter a situação ou mitigá-la.