terça-feira, 17 de abril de 2012

Padronizar e Inovar são verbos conflitantes?

Num primeiro momento, padronizar pode parecer uma intenção de engessar as atividades, obrigando a todos que sigam cegamente os procedimentos estabelecidos, inserindo quase um regime militar na rotina da organização. E infelizmente muita gente chega a esse extremo…

Não quero criticar a rotina militar, mesmo porque acredito que ela tem muito a ensinar ao ser humano, mas para padronizar não é preciso sufocar a inovação. Padronizar de forma rígida, dogmática, é que oferece esse risco, e não é essa a idéia da Gestão da Qualidade. Melhoria contínua passa obrigatoriamente pelo tema inovação, então um sistema rígido, que não contempla ou não comporta mudanças, já é contrário ao que prega a Qualidade!

Para que não aconteça esse engessamento do SGQ, muito comum na época anterior à ISO 9001:2000, é preciso que exista um mecanismo de avaliação periódica dos procedimentos, que pode ser feito via auditoria interna, ou pelo estabelecimento de validade dos procedimentos. E também é preciso conscientizar o pessoal de que eles podem mudar seus processos, desde que possam demonstrar que a mudança oferece alguma melhoria ao processo. Feito isso, essa mudança pode ser adotada como novo padrão, o(s) procedimento(s) revisado(s) e pronto! Simples, né?
Com essa linha de conduta, a inovação tem lugar garantido no SGQ, a melhoria contínua fica evidenciada, e continua existindo padronização. Só que uma padronização flexível, sujeita a alterações a qualquer momento desde que seja seguida uma única regra: MELHORAR!

Fonte: Qualiblog

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