sexta-feira, 29 de abril de 2011

Torneira pingando desperdiça 46 litros de água em um dia

Economizar água é também garantia de economia de dinheiro. Mas a questão não é só a grana. Mudar alguns hábitos pode ser  bem mais simples do que parece – você faz coisas muito mais difíceis todos os dias. Duvida?

Ao sair do banho um minuto antes do normal, você já poupa de 3 a 6 litros de água. Nessa brincadeira, uma cidade com cerca de 2 milhões de habitantes conseguiria deixar de gastar em torno de 6 milhões de litros se todos fizessem a mesma coisa, o que daria para encher pouco mais de duas piscinas olímpicas.

Mas se você não está disposto a deixar o banho mais longo de lado, existem outras opções. Claro que não precisa virar maníaco-compulsivo, mas é sempre bom checar se a torneira está bem fechada. Às vezes, e nem é por mal, ela fica pingando, e aí… podem ir embora ralo abaixo nada menos que 46 litros de água em um dia. Em um ano inteiro, esse número soma 16 mil litros, o que representa cerca de 64 mil copos de água (desses de requeijão, sabe?). Se quiser fazer melhor ainda (aproveitando aquela reforma no apê…), vale instalar torneiras com aerador, uma espécie de peneira na saída da água. A peça não prejudica a vazão e ainda ajuda a economizar.

Na hora de escovar os dentes também é possível  poupar, já que uma  torneira aberta pela metade chega a gastar 12 litros de água em cinco minutos. Se você fechá-la enquanto escova, vai usar no final em torno de 1 ou 2 litros. Fácil, fácil.

Fonte: Superinteressante

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Vazamento em oleoduto de petroleira contamina área rural, em Linhares

O vazamento de cerca de 1.200 litros de óleo do duto de uma estação de bombeamento da Petrobras, contido nessa segunda-feira (25), contaminou milhares de metros quadrados de área rural, próximo ao balneário do Pontal do Ipiranga, em Linhares.

Segundo o Instituto Estadual do Meio Ambiente (Iema), o vazamento foi contido nessa segunda-feira (25), quando funcionários da Petrobras perceberam o problema e fecharam a válvula que causava o derramamento do oleoduto, que liga a Estação de Fazenda São Rafael ao Terminal Norte Capixaba, em São Mateus. Mas, de acordo com moradores da região, desde domingo (24), um forte odor de óleo já era sentido.

De acordo com a Petrobras, o vazamento ocorreu devido à não vedação de um equipamento instalado no oleoduto, próximo à Estação. A operação do duto voltou ao normal no final da tarde dessa segunda-feira (25).

Segundo o Iema, foram derramados 1.200 litros de óleo e cerca de dois mil metros quadrados de solo e vegetação foram afetados pelo vazamento. Já, segundo a Petrobras, foram 400 litros que escaparam para as áreas de pastagem ao redor da Estação.

A Petrobras foi notificada pelo Iema para que limpe toda a área afetada e replante a flora prejudicada em até 15 dias. A empresa petroleira afirma que não houve maiores impactos ambientais, como contaminação do lençol de água subterrâneo ou prejuízos para os moradores do entorno da fazenda. A Petrobrás diz ainda que adota todas as ações para a completa limpeza da área atingida.

Fonte: gazetaonlinenorte.com.br

domingo, 24 de abril de 2011

Pico da Bandeira

Feriadão chegando e sem planos... eu e alguns amigos com a idéia de ir pra algum lugar que desse pra curtir (sem ter que desembolsar muito). Lembrei que tinha visto algo sobre o Pico da Bandeira e fiz uma pesquisa básica. Passei uma idéia inicial e o time estava fechado: eu, Hideki, Ezra, Felipe e Tássia. Quer dizer, nem "tão fechado" assim pois, quase não viajei pois trabalharia no feriado. Mas, no momento final, o serviço foi adiado e curtiria o feriado tranquilo. Mas as "baixas" foram Felipe, que pegou dengue, e Tássia que, obviamente, cuidaria do "enfermo".

Partimos então eu, Hideki e Ezra na quinta-feira às 10:30h. Fora o trânsito engarrafado na Rodovia do Contorno e CEASA, a viagem foi tranquila. Quer dizer, exceto pela cantada de pneu do Ezra e que depois quase nos jogou fora da estrada. Chegamos então umas 15:00h em Alto Caparaó/MG, fizemos nosso check-in no Chalé, demos uma volta básica para conhecer a cidade e, já conhecemos praticamente tudo lá da "cidade baixa" (a outra parte fica nas montanhas). Nosso plano era a subida noturna para que pudéssemos ver o sol nascendo. Perguntamos sobre guias para nos orientar mas, em cima da hora, não conseguimos nada e deixamos para o próximo dia. Descemos para comer uma pizza e não há mais nada para se fazer na cidade... voltamos para o chalé e rolou pôquer até a madruga. Daí não sei se foi a pizza ou a coca-cola, que me deu uma dor na barriga, mas com o Ezra foi até pior.

Na sexta-feira fomos para a Cachoeira das Andorinhas. Muito bom o local, com cachoeiras (óbvio) em um local bem estruturado e com restaurante, onde aproveitamos e almoçamos. Na parte da tarde procuramos por um guia e nos cobraria R$ 160,00 pela subida noturna e R$ 100,00 pela diurna. Como eu já tinha lido e ouvido falar que não é necessário guia para a subida diurna, dispensamos o "serviço", sobretudo que o Ezra também estava resfriado e a gente não sabia quando poderíamos subir o Pico. Na verdade, até já tínhamos cancelado a subida noturna, nos restando apenas tentar na manhã de sábado.

"Amanheceu mais uma vez...", e esperamos pelo Ezra acordar e dizer se estariam bem para a subida, ou não. Ele se sentiu melhor e partimos nós três para a subida. Passamos pela portaria do Parque Nacional do Caparaó, às 8:30h, até a Tronqueira, último acesso "motorizado". Daí pra cima é na canela mesmo. Explicando em trechos:

Portaria - Tronqueira: 6 Km (último acesso para veículos, com área de camping)
Tronqueira - Terreirão: 3,7 Km (com área de camping e onde fica a Casa de Pedra)
Terreirão - Pico: Pouco menos que 4 Km

O trecho Tronqueira x Terreirão é bem tranquilo, com algumas pedras e caminhos "leves". Do Terreirão até o Pico da Bandeira, o caminho fica mais difícil, sendo mais íngreme, há pouquíssimos caminhos tranquilos e muita pedra. Nesse último trecho minhas pernas já estavam doendo mas seguimos sem maiores surpresas no Pico 12:30h. Comí uns biscoitos com água (provavelmente o maior erro), tiramos algumas fotos e descansamos um pouco. Preparamos para descer, o Ezra sentiu um pouco de tonteira e esperamos mais um pouco.

Começamos a descida e, claro, era mais tranquila e descíamos bem rápido. Porém, depois da parada no Terreirão, não sabendo o exatamente o motivo, comecei a sentir um mal-estar. Talvez por não ter me alimentado bem lá em cima ou pela desidratação, passei mal na descida. E não tinha escolha, estava meio tonto e não dava para parar porque esfriava o sangue (e piorava) e logo anoiteceria. Claro que não foi a situação ideal mas procurei pela superação para chegarmos até a Tronqueira. Cheguei acabado no chalé, antes, ainda, fiquei enjoado... É estranho você passar por todo esse esforço para subir uma montanha... mas é inexplicável a sensação de conquista, vitória, quando estamos lá em cima. Já pensamos em subir novamente, desta vez, de noite, com amigos que não foram e com amigos que passarão a querer ir também!

Como não foi simples encontrar informações sobre o Pico da Bandeira e Alto Caparaó/MG, divido as informações para quem um dia possa precisar:

Hospedagem
 - Ficamos hospedados no Pousada Chalés Pico da Bandeira. O chalé é confortável mas também não oferece luxo para quem possa procurar por este item. Na verdade, com exceção do Caparaó Park Hotel, aparentemente as outras pousadas também não oferece luxo algum.

Alimentação
 - Se a sua diária não oferece almoço e janta, terá poucas opções para alimentação. Na cidade tem uma pizzaria, um restaurante/pizzaria que oferece refeições sem balança por R$ 10,00 e um restaurante mais luxuoso.

Atrações
 - Talvez pela falta de informação, acredito que não há muito o que se fazer além de visitar o Parque Nacional do Caparaó e a Cachoeira das Andorinhas. De noite, a cidade não tem movimento e a praça fica vazia.

Pico da Bandeira
 - A entrada para o Parque é de R$ 10,00/pessoa.
 - Os "trechos" são os descritos acima e o Pico da Bandeira possui 2.890 m de altitude (3º mais alto do Brasil).
 - A subida pode ser pelo lado do ES ou MG, sendo este último o mais fácil.
 - Para a subida diurna não é necessário um guia pois a subida é bem sinalizada. Não esquecer o protetor solar, óculos escuros, bonés e chapéus.
 - Para a subida noturna é necessário um guia para os aventureiros de primeira viagem. Não esquecer blusas, agasalhos para "cortar o vento", calça, moletons, luvas, gorros, lanterna (e pilhas extras), capa de chuva, suprimentos (comida, água, repositores tipo "Gatorade", alimentos energéticos)

Para acampamento
 - A pernoite é de R$ 6,00/pessoa.
 - É possível acampar na Tronqueira (início do caminho) e no Terreirão (metade do caminho), sendo estes os únicos locais autorizados para isso.
 - Não esquecer lona plástica, isolante térmico, pilhas extras, fogareiros.
 - Churrasco não é autorizado.
 - As áreas de camping disponibilizam banheiros e água. O último ponto com energia elétrica é na portaria do parque!

Agora só me resta aguardar pela segunda subida. Pretendo, desta vez, acampar no Terreirão, até porque já ficaria na metade do caminho e também estar melhor preparado fisicamente.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Impactos das mudanças climáticas no RJ são inevitáveis

As noites fluminenses estão muito mais quentes, a quantidade e a intensidade das chuvas no Estado do Rio de Janeiro aumentaram consideravelmente e, de acordo com o estudo Vulnerabilidade das Megacidades Brasileiras às Mudanças Climáticas: Região Metropolitana do Rio de Janeiro, apresentado hoje, no Palácio da Cidade, para a imprensa, especialistas e autoridades do RJ, não se trata de uma "maré de azar passageira": o agravamento das mudanças climáticas está deixando as cidades da região metropolitana desse estado cada vez mais vulneráveis aos problemas ambientais e a tendência é esse cenário piorar. 

Assim, nos próximos dez ou, no máximo, trinta anos, as mais de 11,5 milhões de pessoas que moram nos municípios metropolitanos do Rio de Janeiro terão, inevitavelmente, que aprender a conviver com: 
- chuvas mais intensas e frequentes; 
- temperaturas mais elevadas; 
- ondas de calor mais longas e 
- aumento do nível do mar. 

Mas nenhuma dessas alterações resultará em grandes crises para a população e a infraestrutura das cidades fluminenses, desde que medidas de mitigação e adaptação sejam adotadas o mais rápido possível. "A humanidade tem decisões muito importantes para tomar nesse momento. Está em nossas mãos escolher se o planeta aquecerá 2 ou 6ºC e se os impactos das mudanças climáticas, que já são inevitáveis, serão contornados ou acabarão afetando serviços fundamentais para o bem-estar da população, como esgotamento sanitário, abastecimento e drenagem de água e coleta e tratamento de lixo", explica Sérgio Besserman Vianna, economista, ambientalista e um dos porta-vozes do estudo, realizado e coordenado pelo Inpe - Instituto Nacional de Pesquisas Espacial e pelo Nepo - Núcleo de Estudos de População, da Unicamp, com o apoio da Embaixada Britânica no Brasil.

Segundo ele, para que a população da região metropolitana do Rio de Janeiro - assim como os habitantes de todas as outras cidades do planeta - possa se adaptar bem aos efeitos das alterações climáticas, são necessárias três medidas imediatas: 
  • produção de conhecimento a respeito do monitoramento, impacto e combate das mudanças climáticas; 
  • internalização desse conhecimento pelo corpo técnico responsável pela estrutura das cidades, como prefeituras e empresas envolvidas nas obras públicas e 
  • incentivo à gestão política integrada de todos os municípios da região. "Afinal, a natureza ignora a fronteira física entre a cidade do Rio de Janeiro e de Duque de Caxias, por exemplo. Ou seja, traçar um planejamento para acabar com o problema em, apenas, um município é jogar dinheiro fora, porque as cidades estão todas interligadas. O problema que afeta uma delas, inevitavelmente, acabará afetando as outras", salienta Besserman. 


Paulo Gusmão, doutor em Geografia da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro e especialista em mudanças climáticas, também é porta-voz do estudo e enfatiza as palavras do economista: "As cidades só conseguirão enfrentar as mudanças climáticas se tiverem atuação local e, também, regional.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Nova espuma remove radiação da água

Cientistas americanos anunciaram a criação de um novo material capaz de remover metais pesados e radiação da água potável. 

Feito de uma espécie de celulose chamada hemicelulose e da casca de crustáceos em pó, ele foi desenvolvido por pesquisadores da North Carolina State University. A espuma, que ainda está em fase de testes, foi criada pela equipe do Dr. Joel Pawlak e é recoberta com fibras de madeira. Ela funciona como uma esponja comum que, imersa na água, absorve elementos como o iodo radioativo.

O iodo radioativo em água potável é muito perigoso para a saúde. Nosso corpo não consegue distingui-lo do iodo não radioativo e, por isso, ele acaba sendo armazenado na tireóide, onde pode levar ao desenvolvimento de um câncer. Para evitar esse risco, a espuma se liga ao iodo da água e o prende, evitando que seja ingerido ou cause danos ao ambiente. Além disso, o material consegue remover também sal da água do mar para torná-la potável, o que ajudaria muito em situações de emergência.

Fonte: INFO online

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Produtores já podem aproveitar a água residual do café despolpado

Com um investimento que varia de R$ 200 a R$ 2 mil - o valor vai depender do volume de grãos que o produtor beneficia - os produtores de café poderão transformar em solução um dos grandes problemas de suas propriedades: a reutilização da água residual do café despolpado. Além de reduzir o consumo de água, será possível e usá-la para fertilizar lavouras.

As experiências com o tratamento e destinação das águas residuais são desenvolvidas há oito anos na Fazenda Experimental do Incaper, em Venda Nova do Imigrante, pelo pesquisador do instituto, Aldemar Polonini Moreli e sua equipe. Os resultados dessa tecnologia são muito bons e estão sendo levados aos produtores de café.

As águas residuais que acumulam nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio e magnésio, se devolvidas aos mananciais - o que é proibido pela legislação ambiental - poluem o meio ambiente. Segundo Polonini, as águas residuais são o segundo contaminante ambiental, perdendo apenas para os dejetos de granjas de suínos.

De acordo com o pesquisador, a água residual do café causa impacto ao meio ambiente devido à alta quantidade de sólidos suspensos, açúcares e outros. Essa mesma água que polui, entretanto, pode ser utilizada para a fertirrigação de lavouras diversas, transformando o prolema dos produtores em solução para as propriedades.

Hoje, no Estado, existem 130 unidades de processamento de café implantadas. E, além do uso da água residual para a adubação das lavouras, o Incaper está disponibilizando para os produtores a tecnologia da reutilização da água, que contribuirá para a preservação dos recursos hídricos nas propriedades.

Para o despolpamento de um litro de café, o consumo médio de água é de 4 a 5 litros. Se os produtores fizerem 470 mil sacas de café serão gastos em torno de 1 milhão de m3 de água. E a tendência é aumentar a cada ano o processamento do produto, uma tecnologia que os agricultores utilizarão cada vez mais para melhorar a qualidade do café.

Com a adaptação na estrutura dos equipamentos já montados, explica Polonini, é possível a redução para 2,2 litros de água no processamento de um litro de café. Com a recirculação da água, o consumo cai para 530 ml de água. Ou seja, cerca de meio litro de água para o processar um litro de café.

"Hoje temos tecnologia para gastar apenas meio litro de água para o processamento de um litro de café", explica o técnico do Incaper. Ele conta que a reutilização da água, comprovadamente, não interfere na qualidade do produto.

As adaptações nas unidades processadoras de café, segundo Polonini, são fáceis de serem feitas e podem ser instaladas em um ou dois dias. O produtor interessado em fazer as adaptações para a redução do consumo de água, ou mesmo para a reutilização das águas residuais pode buscar as informações no Incaper. Nas próxima semana deverá estar disponível no site da Embrapa o modelo da unidade de reutilização de águas residuais.

Motivos para aderir à técnica

- Nutrição 
A água residual do café é um fertilizante com grande potencial de nutrição do solo.

- Custos
Caso seja utilizada na nutrição do solo, a água residual contribui para reduzir os custos na propriedade.

- Solução 
Se for devolvida aos mananciais sem tratamento ou com tratamento incorreto á água residual gera problemas ao meio ambiente. Se utilizada para a nutrição do solo, agrega valor à propriedade.

- Adubo
20 litros de água residual por metro quadrado equivale a uma adição de 105 quilogramas/ha de sulfato de amônia e 75 quilogramas/ha de cloreto de potássio.

- Produtividade
Estudos demonstraram que uma área plana irrigada com água residual do café representou aumento de 30% na produtividade do milho plantado dois anos após a irrigação.

- Capacidade
A capacidade da maioria das unidades de processamento de café instaladas no Estado é para o processamento de 10 mil litros de café por dia.

- Custo 
Varia de R$ 200  a R$ 2 mil o custo para adaptação das unidades processadoras de café.

Fonte: A Gazeta

domingo, 17 de abril de 2011

Jeans, vilão da natureza?

Não foi apenas uma peça de roupa que dois imigrantes europeus criaram nos Estados Unidos, em 1873, ao inventar a calça de denim azul reforçada com rebites metálicos. Sem saber, o alemão Levi Strauss e o alfaiate letão Jacob David deram forma a um estilo de vida. Criada para atender à demanda de mineradores por vestimentas resistentes, a calça jeans caiu nas graças do imaginário western nos anos 1930, tornando-se uma representação de valores como masculinidade e independência. Vieram então os anos 1950, com James Dean, Marlon Brando e a rebeldia juvenil, e o jeans se consolidou como ícone da vida espontânea e confortável. Não deixa de ser irônico: um tecido de 138 anos continua firme como símbolo máximo de juventude.

A calça jeans virou uma commodity global. Tornou-se a peça mais popular da história da moda por um motivo simples: não há nada mais democrático. Serve ao caminhoneiro e à socialite. "É um produto com grande dinâmica de uso, que atende a todas as idades e está disponível tanto em butiques como em supermercados", afirma Fernando Pimentel, diretorsuperintendente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit). Segundo a instituição, somente no Brasil, em 2009, foram confeccionados 226,7 milhões de calças jeans.

Juntos, China, Brasil, Turquia e Índia, os quatro maiores produtores de denim no mundo, têm capacidade de produção de 3,4 bilhões de metros lineares de tecido por ano, o que significa cerca de 1,5 bilhão de calças. Ao contrário do Brasil, que, além de importante polo produtor, é também um dos maiores consumidores mundiais de denim, China, Turquia e Índia atuam principalmente como centros de terceirização da produção de marcas norteamericanas e europeias.

O que poucos sabem é que esse objeto de desejo global tem um custo alto para o ambiente. O denim é feito majoritariamente de algodão, cultura que recebe 25% dos agrotóxicos consumidos no mundo, segundo o Instituto Ecotece, organização paulista dedicada ao "vestir consciente". O índigo, corante natural responsável pelo famoso tom azulado, há muito perdeu lugar para o anil sintético e outros corantes derivados do petróleo. Para dar à calça o aspecto desgastado, são usadas substâncias químicas como amônia e soda cáustica, que, além de prejudiciais à saúde, são altamente poluentes. Somam-se a isso enormes volumes de água e de energia gastos e toneladas de CO2 (gás carbônico) emitidas ao longo do ciclo de vida do produto. A velha calça desbotada não é amiga da natureza.

Basta imaginar que, se todos os jeans produzidos no mundo fossem calças Levis 501 de tom médio, o 1,5 bilhão de jeans confeccionados anualmente consumiria 5,2 trilhões de litros d'água - nada menos do que o equivalente a 11 horas ininterruptas da vazão média do Rio Amazonas no mar (133.000 m3/segundo), de acordo com a Agência Nacional de Águas. É água!

Azul índigo

No Brasil, os principais polos de produção se concentram nos Estados de Pernambuco e São Paulo, com destaque também para o Paraná e Santa Catarina. Sozinha, Toritama, cidade pernambucana 100 quilômetros a oeste do Recife, integrante do chamado Polo do Agreste, dispõe de 2.500 fábricas e responde por 16% da produção nacional. Toritama é um bom exemplo do impacto da transformação de uma cidade em polo da indústria têxtil. Hoje batizado "capital do jeans", o município viu sua população crescer 63,4% em dez anos, passando de 21.800 habitantes em 2000 para 35.631 em 2010 - nada menos do que o maior aumento populacional do País no período! O grande atrativo, claro, é o emprego. A indústria do jeans emprega boa parte da população local e 35 mil pessoas de municípios vizinhos.

Além do aumento da população e do consequente crescimento físico da cidade, o jeans alterou a cor do Rio Capibaribe. Até 2005, era comum que as lavanderias fizessem o descarte de efluentes sem nenhum tipo de tratamento na rede fluvial de Toritama. Também era recorrente o uso de lenha irregular, vinda de madeira nativa, como combustível para as caldeiras. A cidade estava a caminho de se tornar uma nova Tehuacán, o principal centro produtor de jeans do México.

Em Tehuacán, durante anos as lavanderias que atendiam marcas mexicanas e norteamericanas, inclusive gigantes como Levi's e Gap, despejaram efluentes ricos em corantes e detergentes no rio que irriga as plantações de milho da cidade. Em 2007, a poluição gerou uma crise de contaminação de alimentos com repercussão nacional e internacional. Pressionadas, as grandes marcas passaram a exigir a adoção de estações de tratamento de efluentes (ETEs) pelas lavanderias, sob risco de cancelarem a prestação de serviço.

Na verdade, o problema acabou sendo transferido. Boa parte das empresas que operavam no México mudou-se para a China e a Índia. Das 25 principais lavanderias que atuavam em Tehuacán em 2003, só oito continuavam em atividade em 2010. Para o Greenpeace, o impacto só mudou de domicílio. Em Xintang, cidade chinesa que produz 260 milhões de pares de jeans por ano, 17 das 21 amostras de água testadas pela organização ambientalista apontaram presença de cinco tipos de metais pesados. Em uma delas, o índice de cádmio excedeu em 128 vezes os limites nacionais chineses.

Para preservar Toritama do mesmo destino, desde 2001 o Ministério Público de Pernambuco vem promovendo a conscientização e a adequação das lavanderias à legislação ambiental, processo que se estendeu a outros municípios da região, como Santa Cruz do Capibaribe e Caruaru. Foram firmados Termos de Ajustamento de Conduta (TAC) que previam multas e o fechamento das empresas que não se adequassem. A partir de 2005, todas as 56 lavanderias da cidade foram ambientalmente regularizadas.

Kleber Barbosa, gerente-executivo da Associação Comercial e Industrial de Toritama, considera que a construção de ETEs em cada lavanderia é imperativa para a empresa receber alvará de funcionamento. Cada estação custa pelo menos R$ 50 mil. Sérgio Souto, promotor de Justiça envolvido na operação, considera o valor um investimento. "O custo é baixo e, como envolve o reaproveitamento de 50% da água usada, é possível até gerar lucro", argumenta. O volume de água em questão é considerável: são utilizados cerca de 120 litros para a lavagem e beneficiamento de um único par de jeans.

No que se refere ao gerenciamento dos impactos ambientais, a indústria de denim brasileira é um exemplo a ser seguido, acredita o diretor da Abit, Fernando Pimentel. O objetivo agora é garantir que essa preocupação se torne uma vantagem no mercado mundial, não um obstáculo. "Não temos como concorrer em preço com países que não possuem o mesmo rigor da lei ambiental do Brasil, como a China Esse desequilíbrio está na pauta das discussões comerciais", ressalta.

Jeans verde

Além das lavanderias, as empresas brasileiras produtoras de denim também têm investido em pesquisas, não só para otimizar a produção, mas também para inovar em tecidos e acabamentos. Desde 2001, a Vicunha, uma das maiores fabricantes mundiais de denim, utiliza casca de castanha-de-caju para gerar energia térmica e vapor para o aquecimento das caldeiras das duas fábricas que possui no Ceará. Segundo a companhia, é utilizada por mês uma média de 2,3 mil toneladas do material, o que representa uma economia de 50% em relação ao combustível fóssil e evita a emissão de cerca de 10 mil toneladas de CO2 na atmosfera.

Na Tavex, dona da marca Santista, cerca de 30% da água consumida é reutilizada, o que se mostrou muito bom para os negócios. "Obtemos uma redução de mais de R$ 5 milhões por ano em custos operacionais", explica Maria José Orione, gerente de marketing. A Tavex investe também em acabamentos biodegradáveis, como o Bio Denim, produzido com algodão reciclado, e o Alsoft Amazontex, desenvolvido a partir da manteiga de cupuaçu em substituição aos amaciantes sintéticos.

Há várias inovações sendo testadas. A carioca Tristar trouxe da Alemanha uma tecnologia que dispensa a água na lavagem do jeans. Basta colocar a peça em uma sacola e deixá-la no freezer por 12 a 24 horas, para que o processo de congelamento elimine as bactérias. Na paulista Eden, os jeans são tingidos com corantes naturais, como urucum e anil. Para obter efeitos e texturas no tecido, são utilizados lixas e até mesmo açúcar, que desgasta e clareia a peça. Ou seja, há muitas inovações capazes de reduzir os impactos ambientais da indústria.

Nos Estados Unidos, as opções de calças jeans "ecológicas" são cada vez mais comuns entre consumidores exigentes. Ou eram, até a crise econômica de 2008 abalar os investimentos. Marcas consideradas como referências nesse mercado, principalmente em função do uso de algodão orgânico, como a Del Forte e a Loomstate, tiveram de abandonar o jeans verde porque o público voltou-se para produtos mais baratos. Com uma escala restrita de mercado, os produtos mais sofisticados tornam-se mais vulneráveis às crises. A sustentabilidade, sem dúvida, custa mais caro.

Caso diferente é o da gigante Levi's, empresa atuante em mais de 110 países. Metade da receita líquida provém de fora dos Estados Unidos. Sua vasta cadeia de negócios mostra que o jeans é uma commodity global: ao longo do ciclo de vida, o produto passa por países tão diversos quanto Brasil (fornecedor de algodão), Haiti (costura), Egito (acabamento), Japão e Rússia (mercados consumidores).

Entusiasta da sustentabilidade, a Levi's investe firme na redução da sua pegada ambiental, agregando valor à marca. "Estamos comprometidos com a obtenção de neutralidade de carbono e com a mudança para o uso de energias 100% renováveis em nossas operações e cadeia de fornecimento", diz Mauricio Busin, diretor de marketing para a América Latina da empresa. Segundo ele, a crise econômica não afetou este esforço. A nova linha Water< Less, por exemplo, utiliza de 28% a 98% menos água, de acordo com o modelo, o que, para a linha outono-inverno 2011, resultará na economia de cerca de 16 milhões de litros d'água.

Consumidor exigente

Em 2009, a Levi's promoveu um estudo do ciclo de vida de seu produto, mapeando os principais impactos ambientais da popular jeans 501. Descobriu que são emitidos 32,5 kg de CO2, o equivalente ao carbono sequestrado por seis árvores por ano; que se gasta energia suficiente para assistir a uma televisão de plasma por 318 horas (400,2 megajoules); e que a água consumida é suficiente para 53 banhos de sete minutos cada (3.480,6 litros).

Mas a mais importante descoberta é que grande parte do impacto da calça ocorre quando ela chega às mãos do consumidor. À mesma conclusão chegou a agência ambiental francesa Bio Intelligence Service. Em 2006, na pesquisa An Environmental Product Declaration of Jeans, a agência francesa mostrou que 41% do impacto da peça no aquecimento global é produzido na fase final de uso e descarte pelo consumidor.

A maior influência sobre o ambiente é a de quem consome o produto. Se lavar seu par de jeans apenas uma vez por mês, o consumidor reduzirá em 48% o impacto na emissão de carbono, em 40% a energia gasta e em 35% o consumo de água. Além disso, se priorizar a compra de peças feitas pela indústria local, que utilizem algodão orgânico e corantes naturais, também estimulará alternativas ecológicas. Não se trata de preservar a sujeira, mas a inteligência.

Cabe à indústria, por sua vez, assumir que as externalidades econômicas - os efeitos colaterais da produção que geram impactos sociais e ambientais em terceiros - podem ser internalizados nos custos. "As pessoas estão, sim, fazendo escolhas mais pautadas na sustentabilidade", afirma Busin. "Só que não querem pagar mais por isso. Esse é o desafio que a indústria precisa enfrentar", constata o diretor da Levi's.

Se cada elo da cadeia fizer sua parte, a velha calça azul desbotada se tornará mais amigável.

Fonte: Revista Planeta

sábado, 16 de abril de 2011

Protesto contra uso de animais em testes

Para marcar o Dia Internacional de Protesto contra a Experimentação Animal e a Vivisecção, o grupo Cadeia Para Quem Maltrata os Animais realizou, neste sábado, manifestação em frente ao Ministério da Ciência e Tecnologia, em Brasília. Distribuindo cartazes e folhetos e vestindo máscaras e jalecos, os manifestantes procuraram conscientizar a população para a necessidade de abolir a uso de animais em experimentos científicos.

Segundo a organização, já são desenvolvidas tecnologias para pesquisas médicas e científicas que usam análises computadorizadas e simuladores. O grupo defende que essas técnicas alternativas têm a vantagens de ser elaboradas a partir do organismo humano, podendo, portanto, obter resultados mais rápidos e precisos.

A coordenadora da manifestação, Patrícia Elmoor, estima que cerca de 100 pessoas participaram do protesto em Brasília. Ela admite que abolir o uso de animais em pesquisas pode ser "um sonho", que necessita de vontade pública para ser alcançado, mas acredita que é possível conscientizar os consumidores para que não usem produtos que sejam desenvolvidos a partir de experimentos com animais.

Foram realizadas também manifestações em cidades como o Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Belo Horizonte e Campinas. As informações são da Agência Brasil.

Vivissecção e Testes com animais

A utilização de animais em cirurgias e experimentos nos cursos de medicina, medicina veterinária, biologia, psicologia e odontologia, dentre outros, é uma prática ainda comum no Brasil. Cães, gatos e outras espécies (cavalos, coelhos, camundongos...) são submetidos a cirurgias e testes, na maioria das vezes dolorosos, sob o pretexto de "ensino didático" ou "pesquisa científica".

Os procedimentos são indescritíveis e é preciso ter coragem para conhecer detalhes e ver fotos dos animais submetidos a tal crueldade.

E qual é a procedência dos animais? Cães e gatos, vira-latas ou de raça, que foram abandonados por seus donos ou encontrados vagando pelas ruas. Eles aguardam o sacrifício nos centro de zoonoses e são vendidos por algumas prefeituras às universidades... Estressados e muito assustados, são enviados aos institutos de ensino para servirem de cobaias em aulas práticas. Alguns são operados e mortos em seguida... Outros são colocados em canis ou gatis, em condições precárias, sem assistência adequada no pós-operatório (analgésicos, principalmente), onde ficam aguardando uma próxima cirurgia ou experimento. Sofrem pelo..."bem da ciência"?

Em muitos países da Europa e Estados Unidos, os experimentos com animais, assim como seu uso didático foi abolido. No Brasil, embora exista uma lei que os proteja, os animais ainda continuam a ser utilizados.

A lei 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 (Meio ambiente e ecologia), é bem clara: "Incorre nas mesmas penas (detenção de 3 meses a um ano, e multa) quem realiza experiências dolorosas ou cruéis em animais vivos, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos." E existem alternativas!!!

Segundo a ONG Arca Brasil, A Faculdade de Medicina Veterinária da USP já não utiliza animais vivos em suas aulas de técnica cirúrgica. Em vez disso, utiliza cadáveres, especialmente preparados, de animais que tiveram morte natural em clínicas e hospitais veterinários. E os alunos também praticam cirurgias de castração em cães e gatos levados pelos proprietários. Isso sem falar nos recursos substitutivos que envolvem modelos e manequins simuladores, filmes e vídeos interativos, simulação computadorizada e realidade virtual; auto-experimentação e estudo em humanos; uso responsável de animais; estudos in vitro e experimentos com plantas e observação e estudo em campo.

Se existem alternativas, não há razão para se continuar utilizando animais em experimentos. Luta-se hoje para que seja banida a prática de vivissecção nas escolas de ensino e que seja de conhecimento público as empresas que utilizam animais como cobaias na indústria farmacêutica e cosmética, através de especificação no rótulo dos produtos. Assim, é possível o boicote às empresas que ainda utilizam práticas cruéis contra os animais.

Fonte: G1 e Web Animal

sábado, 9 de abril de 2011

Rock por um mundo melhor

Alinhando o tema principal deste blog e o rock, que gosto muito, é inevitável falar do Rock in Rio. Este ano, como muitos sabem será promovido no Rio de Janeiro novamente. Muito tem se falado sobre a sustentabilidade do evento, que se dará pela compensação das emissões de carbono e também com a escolha de parceiros com atuação socioambiental e, além disso, busca apoio de diversos projetos de sustentabilidade: ao longo dos últimos 10 anos, foram 4.803.537,00 de euros destinados a ações de educação e conscientização ambiental. O site ainda informa que seria uma das "políticas" do Rock in Rio, que seria a idéia da união de todos através da música - estamos juntos e nossas pequenas atitudes no dia a dia têm grande impacto sobre o futuro do planeta.

Porém, diferentemente como o festival SWU que também promovia a sustentabilidade do evento - que, segundo relatos, não aconteceu na prática - o Rock in Rio tem promovido muito e também divulgado seus resultados:
  • 2001: 1.500.000 € investidos em projetos com a Viva Rio (ONG) e Unesco.
  • 2004: Foram arrecadados 660 mil euros que foram divididos pela Plan International/Childreach, a instituição beneficiada no âmbito internacional, e pela SIC Esperança, parceiro eleito pela organização do evento para definir os projetos nacionais beneficiados.
  • 2006: O Projeto Social do Rock in Rio-Lisboa 2006 arrecadou 552.984 euros que foram entregues à SIC Esperança, entidade parceira do projeto social, para serem distribuídos pelas instituições nacionais selecionadas.
  • 2008: Projeto Social: na edição de 2008 a organização do Rock in Rio-Lisboa optou por unir as vertentes ambiental e social num projeto audacioso designado “Rock in Rio Escola Solar”. Foram encaminhados 562.500€ que serviram para compensar as emissões de carbono do evento e equipar 20 escolas com painéis fotovoltaicos. A originalidade deste projeto acabou por o levar a ganhar o 1º lugar da categoria “Juventude” nos Energy Globe Awards 09, onde concorreu com 796 projetos de 111 países.
  • 2008: 710 000€ investidos na plantação de árvores, conscientização sobre as alterações climáticas, 300 ônibus disponibilizados gratuitamente para incentivar o transporte coletivo e 100% das emissões de CO2 do evento foram compensadas.
  • 2010: 512.082 investidos: na 2ª edição do "Rock in Rio Escola Solar" com instalação de painéis fotovoltaicos e painéis de aquecimento solar em 18 escolas públicas, 1ª edição do prêmio "Rock in Rio Atitude Sustentável" destacando boas práticas da sociedade portuguesa, compensação da emissão de carbono e, pela segunda vez, foi um evento "100R", quando todos os resíduos de embalagem foram reencaminhados para reciclagem.
  • 2010: 602.000€ investidos: na compensação de carbono, contratação de transporte público coletivo gratuito para diminuir a emissão de CO2 e participação em várias ONGs.

Para 2011, além da plantação de árvores para compensação das emissões de carbono, o evento deve promover diversos jogos interativos que abordarão o assunto sustentabilidade de forma lúdica, como a participação do público que, ao dançar em um tapete ou andar de bicicleta, gerará energia através do movimento. Roberto Medina, vice-presidente do Rock in Rio também estuda promover uma campanha para que o público se desloque utilizando o transporte público, uma vez que o deslocamento é responsável pela metade das emissões de carbono.

Sempre ouvi falar e ví sobre o Rock in Rio mas nunca fui... para este ano, bandas como Red Hot Chili Peppers, Snow Patrol, Capital Inicial, Metallica, Slipknot, Motörhead, Coheed and Cambria, Sepultura, Colplay, Guns n'Roses, estão confirmados. Os dias 24 e 25/09 são os melhores... espero poder ir!!!

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Gasolina, etanol e carros híbridos

Em fevereiro/11, uma matéria no portal do Terra informava que o Brasil tomava uma política contrária ao desenvolvimento de veículos híbridos como a ausência de incentivos fiscais, contrariando uma tendência mundial. Atualmente, o Brasil cobra o percentual máximo de Imposto sobre Produto Industrializado (IPI), 25%, para estes produtos, segundo especialistas no setor, para tentar proteger a indústria alcooleira. Enquanto isso, diversos países do mundo ampliam os incentivos aos carros elétricos - tanto com benefícios fiscais quanto com facilidades como locais exclusivos de estacionamento - já que não poluem e são duas vezes mais eficientes energeticamente do que aqueles movidos à combustão interna.

O que qualquer um pode perceber hoje é que o preço da gasolina já está na marca de R$ 3,00/litro. A princípio o aumento foi justificado pela alta do etanol, devido ao período entressafra da cana, que deve ser amenizado ao final de abril, quando aumenta a produção do etanol. Hoje, o presidente da Petrobras, Sergio Gabrielli, revelou que a gasolina poderia sofrer novo reajuste, dependendo da situação no Oriente Médio, porém foi vetado pelo Ministro da Fazenda, Guido Mantega.

E assim, quem tem carro torna-se refém das políticas descabidas que o Brasil tem tomado...

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Plástico biodegradável

Imagine as sacolas de supermercados produzidas com plástico biodegradável. Pois esse produto já está em desenvolvimento e, num futuro relativamente próximo, poderá ser encontrado no mercado. A nova tecnologia é resultado de uma pesquisa conduzida por Eliangela Teixeira, do Instituto de Química de São Carlos (IQSC), da USP.

A partir da raiz da mandioca bruta e de seus derivados (amido e resíduos), a pesquisadora obteve o amido termoplástico (TPS), que é a matéria-prima empregada na produção do plástico biodegradável. Seu estudo também incluiu a procura de alternativas destinadas a melhorar a qualidade dos TPS, deixando-os mais flexíveis e resistentes.

Eliangela constatou que a presença de açúcares na raiz e nas fibras no resíduo (subproduto da industrialização do TPS) é o principal diferencial em relação ao TPS obtido a partir do amido industrial. Depois de compor um TPS com fibras celulósicas, que representam de 15 a 50% da composição do resíduo, a pesquisadora obteve um TPS com melhor desempenho mecânico. Outro bom resultado conseguido foi a produção de nanofibras a partir das microfibras residuais, que aumentam a resistência do amido termoplástico em relação à absorção de umidade.

De acordo com Eliangela, os TPS podem ser utilizados nos setores agrícola - na confecção de tubos para plantio - e de embalagens. "Como esses segmentos empregam um grande volume de plásticos de origem petroquímica, os TPS podem contribuir para melhorar o gerenciamento do lixo e diminuir o impacto ambiental dos plásticos nãobiodegradáveis", afirma a pesquisadora.

Segundo dados da Associação Brasileira de Embalagens, o Brasil consome aproximadamente quatro milhões de toneladas de plástico por ano, mas recicla menos de 20% desse total. Tendo isso em vista, outro estudo - esse desenvolvido pela pesquisadora Cynthia Ditchfield, da Escola Politécnica da USP - obteve como resultado embalagens de plástico de amido de mandioca biodegradáveis e comestíveis. O produto também possui propriedades antimicrobianas que fazem o filme de plástico mudar de cor de acordo com o estado de conservação do alimento - característica que pode representar um ótimo atrativo comercial.

Fonte: Revista Planeta

domingo, 3 de abril de 2011

Startup!!!

Finalmente, criando um blog voltado à Gestão Ambiental. Há um ano, quando comecei em meu atual emprego, tive a oportunidade de ter muito contato com as questões normativas de qualidade, gestão ambiental e saúde e segurança. A questão ambiental é sempre um ponto delicado a ser tratado nas empresas, órgãos públicos e no mundo todo, pois sempre deve buscar uma forma eficiente de obter retornos, conciliando a preservação e/ou redução dos impactos ambientais. É buscar o conhecido desenvolvimento sustentável.

Conheço pouco desse caminho que estou trilhando agora. Por isso esse blog surge como uma ferramenta para me manter atualizado não só em relação aos requisitos das normas, mas também encontrar e compartilhar de pequenas atitudes que podem fazer toda diferença tanto na vida cotidiana quanto na vida profissional.